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quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Estado de SP lança megacampanha contra hanseníase

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo lança no dia 25 de outubro, quinta-feira, uma mega-campanha de combate a Hanseníase. Com o slogan “Se toque, a hanseníase tem cura!”, a campanha pretende sensibilizar os médicos e a população em geral para a importância de observar os sintomas e procurar auxílio médico ainda no início da doença.

A campanha será lançada durante o 3º Simpósio Brasileiro de Hansenologia, realizado pelo Instituto Lauro de Souza Lima e pela Sociedade Brasileira de Hansenologia, que acontece nesta quinta-feira, no Hotel Ca´DÓro, em São Paulo.

Em parceria com a Fundação Paulista de Hanseníase, a secretaria distribuirá cerca de 1,5 milhão de panfletos, 40 mil cartazes e 50 mil folders por todo Estado alertando para os sintomas da doença. Além disso, os municípios foram mobilizados para que realizem ações de orientação à população durante toda a semana.

Diagnosticar a doença de maneira precoce evita que o paciente tenha seqüelas mais graves, como a incapacidade física. Além disso, o paciente medicado corretamente deixa de transmitir a doença às outras pessoas já no início do tratamento.

“A hanseníase é uma doença de baixa transmissibilidade. Por isso, o diagnóstico precoce evita a transmissão e protege o paciente de seqüelas da doença”, explica a diretora da Divisão de Hanseníase, Mary Lise Marzliak.

Em 2006 o Estado de São Paulo registrou 1.958 casos novos de hanseníase. O número representa queda de 20% em relação ao ano anterior, quando houve 2.438 casos detectados.

Sobre a doença

A hanseníase, doença transmissível antigamente conhecida como lepra, atinge a pele e o sistema nervoso. Os principais sintomas são:

- manchas que não coçam

- Dormência ou formigamento no local

- Ausência de dor, no caso de cortes e queimaduras

Confirmado o diagnóstico, o portador passa por tratamento de polioquimioterapia, que dura de seis meses a dois anos.

Mutirão

A Secretaria de Estado da Saúde está fazendo um mutirão para identificar e localizar cerca de 1,2 mil pacientes acometidos pela hanseníase que passaram por internação compulsória. A proposta é que eles entrem com processo de pedido de pensão, que está sendo paga pelo governo federal.

De acordo com o decreto federal 6.168 de 24 de julho de 2007, os pacientes que foram internados compulsoriamente e isolados em hospitais colônias de todo o país até o ano de 1986 terão direito a pensão vitalícia mensal no valor de R$ 750. Para receber o benefício os pacientes precisam apresentar documentos que comprovem a internação compulsória e preencher um requerimento de pensão especial.

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