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quarta-feira, 2 de abril de 2008

O crime que chocou o país: juiz decreta prisão do pai e da madrasta de Isabella

A Justiça decretou na noite desta quarta-feira (2) a prisão temporária do pai e da madrasta da garota Isabella Nardoni, de 5 anos, que morreu no sábado (29) após cair do 6º andar de um prédio na Zona Norte de São Paulo. O juiz Maurício Fossen, da 2º Vara do Júri do Fórum de Santana, também decretou sigilo do inquérito policial.

As prisões do consultor jurídico Alexandre Nardoni, de 29 anos, e de Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, de 24 anos, foram pedidas na tarde desta quarta-feira pela Polícia Civil. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, a prisão é de 30 dias e pode ser prorrogada por mais 30.

Investigações

Peritos do Instituto de Criminalística voltaram na noite desta quarta ao apartamento da família para procurar mais pistas. Ele vão utilizar luzes forenses, capazes de identificar vestígios de sangue.


Pela manhã, a delegada seccional da Zona Norte de São Paulo, Elizabeth Sato, defendeu cautela na apuração dos fatos. “É importante que, nesse momento, nós tenhamos a calma suficiente para fazer a investigação. Uma investigação de homicídio pode tornar-se complexa.” Na terça-feira (1º), o advogado do casal, Ricardo Martins, afirmou que seus clientes são inocentes.


Justiça

A mãe de Isabella prestou depoimento nesta quarta-feira no 9º Distrito Policial, no Carandiru, Zona Norte de São Paulo. A bancária Ana Carolina de Oliveira não quis dar entrevista e afirmou apenas: "não tenho nada a declarar, já dei meu depoimento, que a justiça seja feita agora", disse ela.

Chaves

O advogado do pai e da madrasta da menina informou na terça (1) que uma das chaves do apartamento estava perdida. Ele disse que não foi feito um boletim de ocorrência.

Segundo o advogado, as chaves de todos os apartamentos ficam na portaria do edifício. O delegado responsável pelo caso, Calixto Calil Filho, disse que o porteiro negou essa informação em depoimento. O porteiro teria afirmado que as chaves dos apartamentos só ficavam na portaria durante a construção do prédio. O delegado disse ainda que o casal não informou sobre a perda da chave no depoimento prestado no domingo (30).

Crime

A Polícia Civil investiga se Isabella foi agredida e arremessada antes de o corpo dela ter sido encontrado no jardim do edifício no sábado (29) ou se ela se jogou do 6º andar do prédio no Carandiru. Na terça, a polícia informou que o apartamento do pai da menina deve passar por uma nova perícia.

Os peritos estão fazendo exames mais detalhados, com produtos químicos. "Vamos pedir uma nova perícia mais detalhada no apartamento porque nos dias dos fatos pode ter passado algo despercebido", afirmou o delegado, durante entrevista coletiva. Entre os produtos que auxiliam a polícia está o luminol, substância que detecta manchas de sangue mesmo em locais que foram lavados.

A polícia trabalha sobre a versão contada pelo pai da criança, um consultor jurídico, que, desde o primeiro dia, afirma ser inocente. Ele conta que deixou a menina em um quarto, dormindo, enquanto foi até a garagem ajudar a mulher a subir com os outros dois filhos. A família havia chegado de um jantar na casa da sogra dele, por volta de 23h30.

O consultor jurídico afirma que deixou o imóvel trancado depois de colocar a menina na cama. Quando subiu, viu que ela não estava no cômodo e percebeu que a tela de proteção na janela estava rasgada. Em seguida, relatou ter visto o corpo da criança no jardim. Ele sustenta a versão de que alguém entrou na casa, possivelmente para assaltar, mas a polícia diz que nada foi roubado.

(g1)

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